Assistência Técnica e Gerencial impulsiona regularização na agroindústria de queijos em Sergipe
Na última semana, produtores de queijo do sertão de Sergipe reuniram-se para celebrar os resultados positivos do programa de Assistência Técnica e Gerencial (ATeG) na agroindústria de queijos. Através de visitas técnicas e gerenciais mensais, realizadas ao longo dos últimos dois anos, o programa proporcionou mudanças significativas na vida dos produtores, impulsionando a qualidade e a rentabilidade do setor no médio e alto sertão sergipano. Além de acompanhar os produtores na regularização das queijarias.
No último ano, a técnica de campo Gladslene Góes, médica veterinária, realizou visitas nos municípios de Canindé de São Francisco, Graccho Cardoso, Nossa Senhora da Glória e Porto da Folha, somando um total de 10 queijarias. Mas o Senar Sergipe já atendeu 56 queijarias desde 2020, quando iniciou os atendimentos nessa cadeia.
De acordo com os dados apresentados, antes do programa, esse último grupo das queijarias processavam uma média de 800 a 15.000 litros de leite por dia. Com a implementação das técnicas e orientações fornecidas pela ATeG, esse número aumentou para 1.200 a 17.000 litros por dia, já o rendimento médio do queijo de coalho teve um incremento de até 12%. “Essa e outras melhorias diretas na produtividade contribuíram para aumentar a receita bruta mensal das queijarias atendidas, possibilitando investimentos em equipamentos que atendem as recomendações sanitárias, entregando um produto com ainda maior segurança alimentar e maior produtividade.”, explica a médica veterinária Gladslene Góes.
Nesse período, os avanços do setor foram resultados também da combinação de esforços entre o governo estadual e federal, à época. Foram emitidos os primeiros Selos de Inspeção Estadual (SIE), além disso, a adesão do estado ao Sisbi-POA, assim, a partir deste ano, a inspeção que é feita pelo SIE ganha equivalência e isso permite, após apresentação de requerimento e autorização da Emdagro, a comercialização de produtos lácteos sergipanos, não só em Sergipe, mas em todo território nacional. Essa conquista permite a comercialização dos produtos em todo o país, fortalecendo o setor e gerando novas oportunidades de negócios para os produtores. Sendo assim, 90% das queijarias atendidas pela ATeG estão em processo de regularização ou já estão regularizadas, obtendo o Selo de Inspeção Estadual (SIE), emitido pela Empresa Estadual de Desenvolvimento Agropecuário (Emdagro).
Casos de Sucesso
Um exemplo inspirador é a história de Maria Joseane da Costa, proprietária do Laticínio Fazenda Nova, localizado em Nossa Senhora da Glória, no sertão de Sergipe. Com o aumento da renda proporcionado pelo empenho em atender às orientações da ATeG, Maria Joseane conseguiu inaugurar seu laticínio em conformidade com todas as exigências dos órgãos fiscalizadores. Após as adequações sugeridas, o laticínio obteve o SIE.
A trajetória de sucesso da produtora de lácteos de Regina Cardoso, de Nossa Senhora da Glória, também é digna de destaque. Com o apoio do Senar ela melhorou a produtividade da queijaria e aumentou o volume de leite processado, passando de 600 para 1.300 litros por dia. Além disso, a Quero Mais Laticínios foi a primeira queijaria do Programa Agronordeste a obter o Selo de Inspeção Estadual, garantindo a qualidade de seus produtos.
Já o laticínio LacGlória, recebeu o SISBI, que o habilita a comercializar os produtos lácteos sergipanos em todo território nacional. A entrega foi feita durante o Sealba Show, o maior evento de Agronegócio, realizado em fevereiro de 2023, no município de Itabaiana.
Esses exemplos de sucesso demonstram como a ATeG proporciona melhores condições de vida e desenvolvimento econômico para os produtores rurais.