ATeG: técnicos de campo orientam avicultores a reduzirem os impactos do calor nas aves durante o verão
O aumento no preço dos ovos tem sido um tema recorrente desde o início deste mês em todo o país e Sergipe não está fora desse cenário. Um dos principais fatores que contribuem para esse aumento é a redução na produção de ovos, que está diretamente relacionada ao calor. Dados da ATeG mostram que, em fevereiro, 37% das propriedades assistidas apresentaram queda na produção.
Marcos Sá, técnico de campo do Senar e especialista em avicultura, explica que as galinhas sofrem com o calor devido à ausência de glândulas sudoríparas. Ou seja, elas não transpiram para eliminar o calor, e as penas acabam intensificando a temperatura corporal. Como resultado, as aves direcionam grande parte de sua energia para resfriar o corpo, o que diminui a produção de ovos.
Para minimizar os efeitos do calor, a zootecnista e técnica de campo do Senar na área da avicultura, Maricleide Menezes orienta os produtores acerca das melhores práticas para melhorar a ambiência nos galpões. Entre as medidas sugeridas estão:
- Proteger o galpão da entrada direta do sol com o uso de beirais;
- Manter a água sempre fresca e em local sombreado, inclusive as caixas d’água;
- Liberar as aves para descanso em piquetes sombreados;
- Instalar ventiladores a cada 12 metros de galpão;
- Evitar a superlotação, com no máximo 5 a 7 aves por metro quadrado;
- Evitar manejos, como vacinação, debicagem e alimentação, que possam agitar as aves durante os horários de pico de calor.
Além disso, os técnicos recomendam a construção do galpão com telhas que favoreçam a circulação do ar, como as de cerâmica e a inclusão de nebulizadores para manter o ar mais úmido, facilitando a respiração das aves e evitando o ressecamento das narinas.
Essas orientações visam melhorar o bem-estar das aves e minimizar os impactos do calor na produção de ovos.